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Cronicamente Fabulosa

Tenho fibromialgia, mas também sou fabulosa e esta é a grande aventura que é a minha vida.

Cronicamente Fabulosa

Tenho fibromialgia, mas também sou fabulosa e esta é a grande aventura que é a minha vida.

Sonhos.

por AF, em 16.05.18

Deixem-me contar-vos uma história.

Desde que me lembro que tenho um sonho. Maior do que qualquer um que me atravesse a mente. Ele está sempre lá, sem mudar, sem perder a importância, sempre o meu maior sonho. Começou quando era pequenina, mesmo sem me aperceber, quando escrevia histórias sobre brinquedos que ganhavam vidas. Eu escrevia e sem saber o sonho tinha nascido e cada vez que voltava a escrever era como se o alimentasse e ele crescia mais.

O meu sonho é escrever um livro.

Quando me tornei adolescente, a minha cabeça fumegava com a quantidade de ideias que tinha. E eu? Escrevia e voltava a escrever. E se me apetecesse escrevia ainda mais. Tantas histórias, tantas personagens tantas coisas que a minha imaginação criava sem qualquer esforço. O meu sonho tinha ganho a imensidão do mundo. Era tão forte que me apetecia desistir da possibilidade de ter qualquer profissão que não fosse escritora.

Ainda hoje tenho guardados rascunhos e resumos de tudo aquilo que eu queria transformar num tesouro de papel. Estão à espera que volte a tocar-lhes, que lhes dê vida e asas para voarem.

Mas eis o problema: a minha cabeça já não funciona.

Antigamente não tinha um único problema em escrever um português correcto e diversificado. As minhas ideias estavam em ordens, perfeitamente identificadas sem falhar um pormenor. Hoje já não é assim. O simples facto de escrever este blog e tentar organizar os meus pensamentos, para que façam sentido, é um trabalho duro. Eu escrevo e vou escrevendo sempre de seguida até conseguir acabar porque se parar então tudo aquilo que está na minha cabeça à espera de passar para o papel (ou computador neste caso) desaparece como se de nada se tratasse.

Estou confusa. Não consigo lembrar-me daquilo que queria ou sequer organizar aquilo que ainda vou imaginar. As ideias não vêm, as palavras fogem e eu fico aqui com um sonho nas mãos que se tornou tão grandioso que virou um peso sobre as minhas costas.

Era só um livro, não era nada de especial certo? Parece tão fácil quando penso assim; era só chegar, inventar qualquer coisa, escrever e já estava. Acontece que tenho todos estes problemas em cima de mim a pressionarem-me e a lançarem-me directamente para o fracasso. Para além do mais, quando leio o que escrevo acabo sempre por odiar e não perceber onde é que eu queria chegar com aquilo.

No fundo eu sei onde é que quero chegar só que é tão difícil.

Eu só quero cumprir o meu sonho.

Será que a cabeça me deixa chegar lá?

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