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Cronicamente Fabulosa

Tenho fibromialgia, mas também sou fabulosa e esta é a grande aventura que é a minha vida.

Cronicamente Fabulosa

Tenho fibromialgia, mas também sou fabulosa e esta é a grande aventura que é a minha vida.

O lado bom da fibromialgia

por AF, em 09.01.17

Muitas pessoas me perguntam como consigo lidar com a fibromialgia no meu dia-a-dia.

A verdade é que não é fácil, é um constante desafio viver normalmente sempre com dores no corpo. No entanto, nem tudo é mau por isso hoje vou falar sobre o lado bom de ter uma doença crónica.

Esta é a parte que perguntam: "mas existe um lado bom?!"

Claro que sim! O segredo para ter uma vida minimamente feliz é ver sempre o lado positivo nas coisas mais negativas. Nem tudo aquilo que nos condiciona o dia-a-dia é necessariamente mau. Por isso, não pensem que eu passo os meus dias a queixar-me de como me dói isto ou aquilo (pronto, só um bocadinho) e em como a minha vida é uma miséria daquelas do género filme dramático em que só apetece chorar.

Desde que comecei a sentir os sintomas da fibromialgia, aprendi que existe um determinado número de coisas com que se deve ter cuidado para salvaguardar a nossa saúde. Essas coisas podem parecer aborrecidas para alguém que não está preparado, mas no fundo até nos trazem benefícios.

Por exemplo: nos últimos meses passei a ter mais cuidado com a minha alimentação e o meu peso. Quanto menos pesar, menos os meus joelhos têm que suportar e por consequência não tenho tantas dores. Uma dieta mais saudável ajuda-me a controlar a dor. No entanto, tenho que confessar que ainda não consigo resistir a todos os chocolates e doces!

Ter fibromialgia ensinou-me que toda a gente tem uma história. Não é que eu já não soubesse isso, mas neste caso estou a falar em questões de saúde. Tanto quanto sabemos, o nosso vizinho do lado pode estar a passar por um péssimo momento no que toca à sua saúde e nós nem fazemos ideia porque é algo que não se vê. Assim, aprendi a ter mais consciência em relação aos outros e a respeitar mais a existência de cada um sem os julgar.

É neste momento que ouço a voz da minha avó no fundo a dizer que continuo a ser bastante insensível em relação a outras doenças. Desculpa avó, prometo que estou a trabalhar para isso!

Outra coisa que aprendi é a medir aquilo que posso ou não fazer. Em vez de querer fazer tudo de uma vez e ser impulsiva, tento ser mais ponderada no que toca a tomar decisões e definir prioridades. Apesar de isto parecer algo chato que torna a vida mais complicada, até me fez crescer mentalmente.

Em suma, e também porque neste momento não me lembro de mais coisas positivas, é como se fosse um ying yang. Em tudo aquilo que é mau, existe algo de bom. Basta olharmos através da superfície e sermos um pouco mais perspicazes.

E este é o lado bom da fibromialgia.

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